Quem não gosta de viajar? É
sempre uma delícia conhecer novas culturas, não é verdade? Melhor ainda é
dividir com os amigos aquele lugarzinho com a melhor comida local que você
descobriu ou dar aquela dica maravilhosa de um museu pequeno e pouco comentado.
E aquelas curiosidades linguísticas que
ninguém conta pra gente? A nossa entrevistada de hoje, Talita Barreto, vai contar tudo isso aqui
no blog! Antes das dicas, nada melhor do que o famoso 3x4 para conhecer um pouquinho mais da nossa entrevistada! Vamos ver?
Nome: Talita Barreto.
Idade: 36.
Profissão: Professora
Universitária.
Perfume: J’adore, da Dior.
Livro: Cien años de soledad, de Gabriel García Márquez.
Filme: O fabuloso destino de
Amelie Poulain.
Paixão: Meus filhos, viajar e
forró.
Viagem: Todas as que eu conseguir
fazer!
A dica de viagem da Talita é sobre a Colombia porque segundo ela Colombia es pasión. Com um texto escrito por ela mesma, especialmete para o blog, podemos conhecer um pouquinho mais desse país e sua cultura.
- Bogotá, Colômbia -
Bogotá é uma cidade surpreendente. Uma temperatura sempre agradável, com tendência a dias frios, faz com que você esteja sempre disposta a usar aquele cachecol lindo que você tem, mas nem sempre pode usar devido ao calor do Rio de Janeiro. E o que há de especial em Bogotá?
O Cerro de Monserrate exige que você veja o anoitecer após subir pelo teleférico, funicular ou mesmo a pé. Eu optei pelo teleférico (17.000 pesos colombianos, o equivalente a 17 reais). Dica importante: suba agasalhada! Faz muito frio la em cima, mas vale a pena cada segundo.
Outro ponto forte colombiano é a gastronomia. Sucos de lulo e de guanábana: deliciosos. Arepa, tamal no café da manhã (um prato típico a base de milho e carne de porco e frango), mazamorra chiquita, ajiaco (iipicamente bogotano), iogurte de café da marca Alpina, agua de panela. Você precisa provar tudo isso. Se tem estômago frágil, va com moderação.
Mazamorra Chiquita
O Museo del Oro deve ser privilegiado sem dúvidas. São peças incríveis em uma exposição ricamente (põe rico nisso!) organizada para seduzir seus olhos e você toda. Você paga 3.000 pesos colombianos, o equivalente a 3,00 reais, e decide que tudo aquilo deveria ser seu! Tive que ir duas vezes a esse museu porque é irresistível, de verdade.
Museo del Oro
O Museo Botero e o Centro Cultural García Márquez também merecem a visita. Neste último você tem espaço para degustar o excelente café colombiano. Claro que não resisti e trouxe mais uma obra de um dos meus escritores preferidos, o Gabo. Você não paga nada para visitar esses dois lugares. Melhor impossível!
O bairro La Candelaria, no centro de Bogotá, é um charme por si próprio. Lá no Chorro de Quevedo você deve provar a chicha, bebida que é feita de milho fermentado. Não gostei muito não, mas tomei porque turista que se preze não deixa de experimentar de tudo e um pouco mais. Na Colombia, praticamente tudo sai mais em conta que no Rio de Janeiro, então você pode aproveitar bastante, acredite em mim. O transporte é muito barato e você pode pegar taxi sem medo do taximetro, ok? Aproveite e vá a Zona T, zona de rumba, ou seja, a balada chique de Bogotá.
Zona T
Indescritível foi fazer parapente pela primeira vez na vida em Sopó, a uma hora de Bogotá. Impressionante a sensação. Eu recomendo para quem quiser viver uma aventura com segurança. O preço é infinitamente mais em conta que no Rio. Você para 100.000 pesos colombianos (sim, uns 100,00 reais) e fica com vontade de repetir inúmeras vezes.
Algumas curiosidades linguísticas para você estar preparada. É comum você escutar "harto" em vez de "mucho" (Hay harta gente aquí), "ah carajo" não é palavrão, e quando um colombiano pergunta para outro se o amigo pegou uma garota, uma das opções é "¿Se rumbió la vieja?". Então, se alguém se referir a você como vieja, não se preocupe. Não é uma ofensa. Sem contar que quase toda frase vem com algum -ito ou -ita: "ahorita", "juguito", "hermanita". Sim, os machos muito machos vivem falando no diminutivo, sem neura de que desconfiem de sua masculinidade. Ahhh e fiquem preparadas porque "buseta" é como eles chamam os ônibus por lá, ok? Se alguém falar que quer "coger una buseta", relaxa porque está querendo pegar o ônibus. :)
A Catedral de Sal em Zipaquirá é um espetáculo à parte e vale e muito a visita. Os passeios no trem antigo são feitos aos sábados e domingos e já vou avisando que os bilhetes devem ser comprados com 3 dias de antecipação. Acho que foi a atividade mais cara da viagem, uns 100.000 pesos colombianos, o equivalente a uns 100,00 reais. Há uma cafeteria lá embaixo, em que você pode provar deliciosos buñuelos con café con leche por 7.000 pesos colombianos (R$ 7,00) e você faz isso a "180 metros bajo tierra". Muito chique, né?
Outra dica preciosa é uma esticadinha a Villa de Leyva, um "pueblo" encantador com várias atrações em seus arredores, como um fóssil de um pliosauro, as chamadas "Posas azules", a Casa de Barro (Uma casa fantástica pela sua arquitetura. Eu quero uma igualzinha pra mim.) e o Parque Arqueológico de Monquirá.
Tenho mil coisas para contar, mas, como todo turista gosta de fazer descobertas, deixo que você vá pessoalmente e comprove o que estou dizendo e, "por supuesto", traga outras novidades.
Obrigada, Talita, por participar do blog e dividir com a gente a sua experiência fantástica em Bogotá. Nós adoramos! Quem quiser conhecer um pouquinho mais da Talita é só clicar aqui. Você vai encontrar ótimas dicas de viagens!
E vocês, já conhecem a Colômbia?
Beijos,
Vanessa.